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Mensagem contra Jerusalém

29 Ai de Jerusalém, o altar de Deus,
a cidade onde o rei Davi armou o seu acampamento!
Deixem passar alguns anos
com as suas festas religiosas,
e então Deus castigará a cidade que se chama “O Altar de Deus”.
Os seus moradores chorarão e se lamentarão;
a cidade ficará parecendo um altar coberto de sangue.
Deus enviará um exército para atacar a cidade;
os soldados inimigos a cercarão
e levantarão rampas de ataque contra as muralhas.
A cidade será arrasada,
e os seus moradores ficarão caídos no chão;
falarão como se fossem espíritos,
cochichando e murmurando como fantasmas.
5-6 Mas, de repente, num instante,
o Senhor Todo-Poderoso atacará os inimigos,
aquela multidão de estrangeiros.
Com trovões, terremotos e estrondos,
com ventanias, tempestades e fogo devorador,
ele fará os inimigos virarem um pó fino;
eles serão como a palha que o vento carrega.
Aí todos os inimigos que estiverem atacando “O Altar de Deus”,
todos os exércitos que estiverem cercando a cidade com rampas de ataque
desaparecerão como se fossem um sonho ou uma visão.
Todas as nações que atacarem o monte Sião
serão como um homem faminto que sonha que está comendo
e acorda ainda com fome;
serão como uma pessoa sedenta que sonha que está bebendo água
e acorda ainda com sede.

Aviso para os moradores de Jerusalém

Continuem sendo tolos, se quiserem!
Continuem cegos, se preferirem!
E, sem terem tomado vinho ou cerveja,
fiquem bêbados e andem por aí tontos.
10 Pois o Senhor Deus fez com que vocês caíssem num sono profundo;
ele cobriu as cabeças de vocês e fechou os seus olhos.
As cabeças e os olhos são os profetas,
que não veem as visões que Deus envia.

11 Agora, para vocês, todas as visões são como se fossem uma mensagem escrita num livro fechado e lacrado. Se levarem o livro para alguém que sabe ler e pedirem que leia a mensagem, a pessoa dirá: “Não posso; o livro está lacrado.” 12 E, se pedirem a alguém que não sabe ler, a pessoa dirá: “Não sei ler.”

13 O Senhor diz:
“Esse povo ora a mim com a boca
e me louva com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.
A religião que eles praticam
não passa de doutrinas e ensinamentos humanos
que eles só sabem repetir de cor.
14 Por isso, mais uma vez vou deixar esse povo espantado
com as coisas estranhas e terríveis que farei no meio dele.
Com toda a sua sabedoria, os seus sábios não poderão explicá-las,
e o conhecimento dos que são instruídos não adiantará nada.”

15 Ai dos que escondem os seus planos do Senhor,
que fazem as suas maldades na escuridão e dizem:
“Ninguém nos pode ver! Ninguém sabe o que estamos fazendo!”
16 Vocês invertem as coisas,
como se o barro valesse mais do que o oleiro!
O pote não vai dizer ao homem que o fez:
“Você não me fez.”
Uma vasilha não dirá ao oleiro:
“Você não sabe o que está fazendo.”

Promessa de salvação

17 Daqui a pouco, as matas virgens vão virar jardins,
e os jardins voltarão a ser mato.
18 Naquele dia, os surdos ouvirão a mensagem que será lida no livro fechado e lacrado,
e os cegos ficarão livres da escuridão e poderão ver.
19 O Senhor dará alegria aos necessitados,
o Santo Deus de Israel fará com que os pobres fiquem alegres.
20 Pois Deus acabará com os que exploram o seu povo;
os que zombam de Deus serão destruídos,
e os que fazem planos para prejudicar os outros desaparecerão.
21 Deus acabará com os que acusam os outros falsamente;
acabará com os que procuram enganar os juízes
e com os que, por meio de mentiras, conseguem que os inocentes sejam condenados.

22 Portanto, o Senhor, que livrou Abraão de perigos, diz o seguinte a respeito do povo de Israel:

“O meu povo não ficará desiludido outra vez,
eles nunca mais sentirão vergonha.
23 Pois, quando virem o que vou fazer no meio deles,
confessarão que o meu nome é santo,
reconhecerão que eu sou o Santo Deus de Israel
e me temerão.
24 Então os que perderam o juízo se tornarão sábios,
e os que se revoltaram contra mim
aceitarão os meus ensinamentos.”

Profecia contra Judá infiel. Promessa de livramento

29 Ai de Ariel, da cidade de Ariel, em que Davi assentou o seu arraial! Acrescentai ano a ano, e sucedam-se as festas. Contudo, porei a Ariel em aperto, e haverá pranto e tristeza; e ela será para mim como Ariel. Porque te cercarei com o meu arraial, e te sitiarei com baluartes, e levantarei trincheiras contra ti. Então, serás abatida, falarás de debaixo da terra, e a tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tua voz debaixo da terra como a de um feiticeiro, e a tua fala assobiará desde o pó. E a multidão dos teus inimigos será como o pó miúdo, e a multidão dos tiranos, como a pragana que passa; em um momento repentino, isso acontecerá. Do Senhor dos Exércitos serás visitada com trovões, e com terremotos, e grande ruído, e com tufão de vento, e tempestade, e labareda de fogo consumidor. E como o sonho e uma visão da noite será a multidão de todas as nações que hão de pelejar contra Ariel, como também todos os que pelejarem contra ela e contra os seus muros e a puserem em aperto. Será também como o faminto que sonha que está comendo, mas, acordando, sente a sua alma vazia; ou como o sequioso que sonha que está bebendo, mas, acordando, eis que ainda desfalecido se acha, e a sua alma, com sede; assim será toda a multidão das nações que pelejarem contra o monte Sião.

Tardai, e maravilhai-vos, e folgai, e clamai; bêbados estão, mas não de vinho; andam titubeando, mas não de bebida forte. 10 Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou os vossos líderes, os videntes. 11 Pelo que toda visão vos é como as palavras de um livro selado que se dá ao que sabe ler, dizendo: Ora, lê isto; e ele dirá: Não posso, porque está selado. 12 Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Ora, lê isto; e ele dirá: Não sei ler.

13 Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim e, com a boca e com os lábios, me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, em que foi instruído; 14 eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo; uma obra maravilhosa e um assombro, porque a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá. 15 Ai dos que querem esconder profundamente o seu propósito do Senhor! Fazem as suas obras às escuras e dizem: Quem nos vê? E quem nos conhece? 16 Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse ao barro, e a obra dissesse do seu artífice: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada sabe.

17 Porventura, não se converterá o Líbano, em um breve momento, em campo fértil? E o campo fértil não se reputará por um bosque? 18 E, naquele dia, os surdos ouvirão as palavras do livro, e, dentre a escuridão e dentre as trevas, as verão os olhos dos cegos. 19 E os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel. 20 Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão a iniquidade são desarraigados, 21 os que fazem culpado ao homem em uma causa, os que armam laços ao que repreende na porta e os que põem de parte o justo, sem motivo. 22 Portanto, assim diz o Senhor, que remiu a Abraão, acerca da casa de Jacó: Jacó não será, agora, envergonhado, nem, agora, se descorará a sua face. 23 Mas, quando vir a seus filhos a obra das minhas mãos, no meio dele, santificarão o meu nome, e santificarão o Santo de Jacó, e temerão ao Deus de Israel. 24 E os errados de espírito virão a ter entendimento, e os murmuradores aprenderão doutrina.