Isaías 59
Almeida Revista e Corrigida 2009
59 Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniquidade; os vossos lábios falam falsamente, e a vossa língua pronuncia perversidade. 4 Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade e andam falando mentiras; concebem o trabalho e produzem a iniquidade. 5 Chocam ovos de basilisco e tecem teias de aranha; aquele que comer dos ovos deles morrerá; e, apertando-os, sai deles uma víbora. 6 As suas teias não prestam para vestes, nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniquidade, e obra de violência há nas suas mãos. 7 Os seus pés correm para o mal e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniquidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas. 8 Não conhecem o caminho da paz, nem há juízo nos seus passos; as suas veredas tortuosas, as fizeram para si mesmos; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz.
9 Por isso, o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança; esperamos pela luz, e eis que só há trevas; pelo resplendor, mas andamos em escuridão. 10 Apalpamos as paredes como cegos; sim, como os que não têm olhos, andamos apalpando; tropeçamos ao meio-dia como nas trevas e nos lugares escuros somos como mortos. 11 Todos nós bramamos como ursos e continuamente gememos como pombas; esperamos o juízo, e ele não aparece; pela salvação, e ela está longe de nós. 12 Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades; 13 como o prevaricar, e o mentir contra o Senhor, e o retirarmo-nos do nosso Deus, e o falar de opressão e rebelião, e o conceber e expectorar do coração palavras de falsidade. 14 Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar. 15 Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor o viu, e foi mal aos seus olhos que não houvesse justiça. 16 E viu que ninguém havia e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve; 17 porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto. 18 Conforme forem as obras deles, assim será a sua retribuição; furor, aos seus adversários, e recompensa, aos seus inimigos; às ilhas dará ele a sua recompensa. 19 Então, temerão o nome do Senhor desde o poente e a sua glória, desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira. 20 E virá um Redentor a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor. 21 Quanto a mim, este é o meu concerto com eles, diz o Senhor: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se desviarão da tua boca, nem da boca da tua posteridade, nem da boca da posteridade da tua posteridade, diz o Senhor, desde agora e para todo o sempre.
Isaías 59
Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version
A maldade de Israel
59 Olhem, não é que o braço do SENHOR
seja curto demais para poder salvar,
nem são surdos os seus ouvidos que não possam ouvir.
2 O que separa vocês de Deus são as suas maldades,
são os seus pecados que fazem com que ele se esconda de vocês
e não ouça as suas orações.
3 As suas mãos estão manchadas de sangue
e os seus dedos sujos, de maldades.
Vocês mentem com os seus lábios
e dizem maldades com a sua língua.
4 Ninguém diz a verdade no tribunal
e ninguém se defende com a justiça.
Confiam na mentira
e nas palavras falsas.
Neles geram a maldade
e dão à luz o pecado.
5 Chocam ovos de cobra
e tecem teias de aranha.
Quem come os seus ovos morre,
e quando os ovos se quebram saem cobras venenosas.
6 As suas teias não servem para fazer roupa,
nem para eles mesmos se cobrirem com o que tecem.
Eles estão cheios de maldade
e as suas mãos, cheias de violência.
7 Os seus pés correm para fazer o mal,
apressam-se para matar gente inocente.
Eles estão sempre pensando em fazer o mal
e por onde passam causam ruína e destruição.
8 Não conhecem o caminho que leva à paz,
não há justiça nas suas ações.
Os seus caminhos são errados
e quem anda neles nunca conhecerá a paz.
9 Por isso a justiça está longe de nós
e a salvação não nos alcança.
Queremos a luz,
mas só temos escuridão;
desejamos uma luz brilhante,
mas caminhamos nas trevas.
10 Caminhamos apalpando a parede como os cegos,
tateando como os que não veem.
Tropeçamos ao meio-dia como se fosse de noite.
Estamos entre os vivos, mas somos como os mortos.
11 Gritamos como os ursos
e gememos como as pombas.
Queremos justiça, mas não a temos;
salvação, mas ela está longe de nós.
12 Pois muitas são as nossas maldades diante do Senhor,
os nossos pecados são testemunhas contra nós.
Reconhecemos as nossas maldades
e conhecemos muito bem os nossos pecados.
13 Somos rebeldes e tentamos enganar o SENHOR,
viramos as costas ao nosso Deus.
Promovemos a revolta e a opressão,
dizemos mentiras inventadas pela nossa mente.
14 Por isso a justiça recua
e a retidão se mantém longe de nós.
A verdade tropeça na cidade
e a honestidade não entra nela.
15 Não há ninguém leal
e quem quer se afastar do mal é roubado.
A intervenção divina
O SENHOR percebeu o que estava acontecendo
e ficou indignado porque não havia justiça.
16 Viu que ninguém fazia nada
e ficou espantado porque não havia ninguém para falar em favor do seu povo.
Então o seu próprio poder o levou a salvar,
apoiando-se na sua justiça.
17 Colocou a justiça como couraça
e a salvação como capacete.
O Senhor vestiu a manta da sua indignação
e cobriu-se com o seu zelo.
18 Ele pagará a todos o que merecem:
ira para os seus adversários,
castigo para os seus inimigos.
E também dará aos países distantes o que eles merecem.
19 Então os povos do oeste respeitarão o nome do SENHOR,
e os povos do leste respeitarão a sua glória.
Porque ele virá como uma inundação
impelida pelo sopro do SENHOR.
20 Assim diz o SENHOR:
“Ele virá como o Salvador de Sião
e daqueles que do povo de Jacó se arrependerem dos seus pecados”.
21 E o SENHOR diz ainda:
—Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles: o meu Espírito estará sobre você, colocarei as minhas palavras na sua boca e nunca mais as retirarei, nem de você nem dos seus filhos nem dos seus netos, desde agora e para sempre.
Copyright 2009 Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os direitos reservados / All rights reserved.
Copyright © 1999 by World Bible Translation Center